recados para Orkut e scraps de otimismo, reflexão, amizade, versos, frases!
GIFS DA BAC RECADOS PARA ORKUT
( Clique em continuar ao aparecer a mensagem.
Gifs da Bac é um site seguro e não danificará seu computador! )

Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele.

"Quando a última árvore tiver caído, quando a último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, a humanidade entenderá que dinheiro não se come". (Autor desconhecido)

Antes de imprimir veja se realmente é necessário. Pense em seu compromisso com o Meio Ambiente.

"O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã."

" Só entendi o valor do silêncio no dia que resolvi calar para não magoar alguém."

"Nada somos e nada conseguiremos, senão através Dele". (pense nisso)

Dedico Este Blog:

À Luz Divina que tudo abençoa, fortifica e transmuta.

A moral da história é simples: se acreditarmos em nós próprios e nas nossas capacidades, conseguiremos sempre atingir os nossos objectivos.


Kung Fu Panda

O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.

Martin Luther King

Frases, pensamentos e citações no
www.kifrases.com


A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais.

Aristóteles

Frases, pensamentos e citações no
www.kifrases.com



27 de maio de 2011

Simplicidade e Orgulho

Helena Meirelles



O falecimento de Helena Meirelles em 2005 é uma perda significativa para a música sul-mato-grossense e mesmo brasileira. A afirmação enfatizando que a instrumentista era dona de um talento musical singular se tornou lugar comum na mídia. O que importa, aqui, é destacar o significado do sucesso alcançado pela artista.

Depois de receber muitas negativas de empresários e gravadoras brasileiras, o talento de Dona Helena foi reconhecida por uma destacada revista estadunidense, a Guitar Player, especializada em música e que a escolheu como uma das cem melhores instrumentistas do mundo, ao lado de artistas como B. B. King, por exemplo. Isso foi lá pelo início da década de 1990.

A partir daí, a violeira já com quase 70 anos de idade foi nacionalizada, até conquistar o título de “dama da viola”. Gravou, fez muitas apresentações, concedeu entrevistas, enfim transformou-se numa celebridade cabocla.

No primeiro CD gravado a artista discorreu um pouco sobre sua história na fazenda, a aproximação com a música e sua exótica vida. Vida pouco convencional para uma mulher do campo, mas paradoxalmente semelhante à vida das mulheres pobres no Brasil. Helena Meirelles foi apaixonada pela vida no campo, paixão que parecia menor quando comprada àquela nutrida pela música e pela decisão de ser dona de sua prória história. Entre o primeiro marido e a viola, decidiu-se pela segunda, entre a submissão e a reclusão ao ambiente doméstico optou pela festa (sacra ou profana), pelos bailes, pela boemia e pela poesia. Se aplicarmos à vida da Dama um julgamento moral, possivelmente concluiremos que ela não foi uma mulher exemplar, uma mãe inquestionável; afinal não se enquadrou na categoria “lides do lar”. Que bom!

Salvo engano, Helena Meirelles tinha pouco apreço pela música sertaneja. Explico: o sertanejo é diferente da música caipira. A diferença pode ser verificada na melodia, nas letras, nos instrumentos, mas, sobretudo nas referencias que alimentam esse gênero. Pessoalmente acho que o sertanejo é raquítico no que se refere a qualidade e à criatividade; trata-se de um improviso sofrível do country estadunidense, é música de consumo rápido, não foi feita para permanecer, portanto dispensa sofisticação.

Voltando à história de vida da dama da viola que, aliás, do alto de seu banquinho quando se apresentava proporcionava uma referência indireta ao genial e mal-humorado João Gilberto provocava emoções da platéia. A música caipira executada por Helena Meirelles é uma parte expressiva da cultura mato-grossense e daquela porção paraguaia que por aqui chegou. Trata-se de canções bastante conhecidas nos bailes de fazenda, que também ganharam os salões e depois os palcos; é a música muitas vezes designada como ‘limpa-banco” por que mobilizava para a dança quase todos os presentes em uma festa. A própria artista faz menção à esses momentos em uma de suas gravações, indicando a profundidade das raízes da música caipira na cultura brasileira. Polcas, chamamés, guaranias, entre outros “estilos” ganharam lugar de destaque no ambiente musical dos bailes de fazendas e, hoje em alguns programas dedicados à “música de raiz”. O programa “Viola, minha viola”, apresentado pela não menos conhecida artista Inezita Barroso é um exemplo dos parcos espaços dedicados a música do campo.

Helena tocou, bailou, amou, procriou, rezou, benzeu, bebeu, brigou, jamais abriu mão de sua história. Lamento, como outros, que seu reconhecimento só tenha ocorrido há pouco mais de uma década. Aqui há outra questão: a indústria cultural. É preciso saber que a habilidade, o talento da violeira existia independente da “descoberta” das gravadoras. O que veio com as gravações e espetáculos foi a apropriação, a exploração de uma artista que foi forjada na vida. O sucesso implicou no conhecimento do talento de Helena Meirelles que passou a freqüentar o campo da mercadoria. E como se isso fosse pouco, esse talento transformado em valor de mercado só ocorreu porque uma publicação estrangeira conheceu e reconheceu a qualidade musical da Dama. Tal fato mostra que há muitos problemas na crítica musical brasileira e sobretudo na decisão a respeito de quem grava algo ou não. Também revela que ainda sobrevive um provincianismo latente em alguns circuitos culturais que só consideram alguns talentos depois que alguém ou alguma publicação não-brasileira escreve sobre esse talento. A história de Helena Meirelles é mais um desses exemplos da incompetência ou desinteresse de alguns mercadores das artes pela cultura brasileira, especialmente em relação aos seus representantes pouco conhecidos.

Conforme a violeira disse em um de seus sarcátiscos e bem-humorados comentários proferidos entre uma música e outra: “quando eu morrê, eu vou fazê farta nesse mundo!” Estava certa, seguramente fará falta, até mesmo para aqueles que fecharam as portas para ela, para depois ganharem muito dinheiro com sua aptidão. E ainda no território dos jargões populares, para consolo dos mercadores e dos fãs, recorro a um adágio colhido das palavras de Dona Helena: “agora é nóis dois e um saco de arroiz”.
http://identidade85.blogspot.com/2011/04/vida-da-violeira.html


Helena Meirelles (1924-2005) era o que se pode chamar de feminista de verdade. Embora, provavelmente, ela nunca tenha usado a palavra nem tivesse até noção de seu significado, do qual seu exemplo de vida era a mais completa tradução.

Nascida numa família simples, no interior do Mato Grosso, Helena começou a desafiar a autoridade masculina já na infância, aos 9 anos, quando teimava em tocar viola mesmo que a façanha fosse punida com surras e broncas severas. Naquele tempo, viola era coisa de homem. E foi assim, autodidata e rebelde, que ela enfrentou a vida. Casou-se três vezes, separou-se por conta de não aturar maridos mandões ou violentos. Teve 11 filhos, mas só criou dois deles. E não encarou um palco para sua arte precisa na viola até completar 67 anos. Até ali, seu talento foi testemunhado apenas nos espaços pouco convencionais das comitivas de boiadeiros e dos prostíbulos, em noitadas regadas a muita cachaça e não raro movimentadas por alguns tiros. Alguns deles dados também pela miúda mas valente dona Helena, como ela mesma contava em seus impagáveis shows, onde ela dedilhava sua arte ligeira e narrava seus “causos”. Incrível que uma artista tão dotada fosse analfabeta.

Foi por causa de um sobrinho que o Brasil e o mundo descobriram dona Helena. Produtor de seu primeiro disco, em 1994, ele enviou uma fita cassete com as interpretações da tia para a prestigiada revista americana Guitar Player. Os gringos renderam-se ao talento da veterana violeira e a incluíram na lista dos 100 melhores guitarristas do mundo, ao lado de feras como Eric Clapton e Keith Richards.

Este reconhecimento internacional elevou a carreira de dona Helena a um outro patamar. Na idade em que a maioria das pessoas se aposenta, ela enfileirava um show atrás do outro sempre que sua saúde permitia. Gravou quatro discos: "Helena Meirelles" (1994), "Flor de Guavira" (1996), "Raiz Pantaneira" (1997) e "De Volta ao Pantanal" (2003). Este documentário reconstitui de maneira sóbria e eficiente a trajetória ímpar desta mulher, num trabalho em que a melhor parte está mesmo nas impagáveis participações da artista.

Neusa Barbosa

Mentes Que Brilham

Milton Santos



O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir.

Centros urbanos modernos não destroem a experiência humana. O que a destrói é a civilização que adotamos.

Ser negro no Brasil é, com freqüência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros.

Comunicação é troca de emoção.

O baiano Milton Santos nasceu na região da Chapada Diamantina. A família era de classe média, e tanto o pai como a mãe eram professores primários.

Aos dez anos, prestou exame para o Instituto Baiano de Ensino (Salvador) e passou em primeiro lugar. Depois, durante o curso secundário, criou e dirigiu dois jornais de escola, "O Farol" e "O Luzeiro".

Ingressou na faculdade de direito e atuou na política estudantil, chegando a ser eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1948, formou-se pela Universidade Federal da Bahia.

Foi professor em Salvador e depois em Ilhéus. Nessa última cidade, foi correspondente do jornal "A Tarde". Também publicou seu primeiro livro, "A Zona do Cacau", tratando daquela monocultura na região. Ainda em Ilhéus, conheceu Jandira Rocha, com quem se casou e teria um filho, Milton Filho.

Retornou para Salvador, tornou-se professor na Faculdade Católica de Filosofia e editorialista do "A Tarde" e publicou mais de uma centena de artigos de geografia.

Em 1956, foi convidado pelo professor Jean Tricart a realizar seu doutorado em Estrasburgo (França). Tendo viajado pela Europa e pela África, publicou em 1960 o estudo "Mariana em Preto e Branco". Após o doutorado (com a tese "O Centro da Cidade de Salvador"), regressou para o Brasil.

Novamente professor da Católica de Filosofia, criou uma ambiente intelectual dinâmico, que atraiu dezenas de estudiosos estrangeiros para darem conferências e cursos.

No final dos anos 1950, Milton participou de um concurso (que acabou não se realizando) para livre-docente na Universidade Federal da Bahia. Após ter recorrido à Justiça, conseguiu prestar o exame, defendendo brilhantemente a tese "Os Estudos Regionais e o Futuro da Geografia".

Na época, Milton Santos foi um dos fundadores do Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade da Bahia, que demonstraria grande vitalidade na promoção dos estudos da área.

Com o golpe militar de 1964, Milton Santos foi preso e depois exilado. Convidado a lecionar na Universidade de Toulouse (França), ficou ali três anos. Seguiu então para Bordeaux (também na França), onde conheceu Marie-Hélène, a geógrafa que se tornaria sua companheira e com quem teria o filho Rafael.

A década de 1970 foi um período intelectualmente bastante fértil para Milton Santos, que estudou e trabalhou em universidades no Peru, na Venezuela e nos EUA. Nesse último país, entre 1975 e 1976, foi pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Em 1977, retornou para o Brasil, trazendo já completa a obra "Por uma Geografia Nova". Começou então um período difícil. Atuou como consultor e professor assistente e realizou trabalhos esporádicos até que, em 1984, conseguiu o posto de professor titular na Universidade de São Paulo (USP).

Em 1994, recebeu o Prêmio Vautrim Lud, considerado "o Nobel da geografia". Continuou trabalhando ativamente até o fim da vida e foi agraciado com inúmeras honrarias, títulos e medalhas. Milton Santos morreu aos 75 anos, legando obras e atividades que foram um marco nos estudos geográficos no Brasil.
http://caminhosdageographia.blogspot.com/2010/04/milton-santos.html

24 de maio de 2011

Mahatma Gandhi


Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.

Mahatma Gandhi